Capital de Giro Para Empresas

O capital de giro para empresas é SUPER importante para ter uma saúde financeira saudável. Saiba, entenda, administre e corra menos riscos em seu negócio.

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O capital de giro é um meio para que o seu negócio tenha estabilidade e uma saúde financeira saudável.

Todo dinheiro necessário para o seu negócio se manter em equilíbrio, ou seja, para você ter capacidade de pagar suas contas sem precisar de dinheiro de bancos ou de outras pessoas.

Ter o conhecimento sobre capital de giro proporciona uma empresa com menos riscos e facilita a gestão do seu negócio.

E neste artigo você aprender tudo que precisa sobre capital de giro para empresa, como:

  • O que é?
  • Como gerenciar capital de giro
  • Como ter um capital de giro saudável

Partiu!

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Capital de giro para empresas

Independente se você está abrindo uma empresa, ou já tem uma em pleno crescimento ou em momentos de dificuldades, o controle sobre o capital de giro é fundamental para ter o seu negócio em mãos. Mas para que serve o capital de giro de uma empresa? Bom, antes de responder essa pergunta você precisa saber o que é o capital de giro.

O que é capital de giro?

Em resumo, é todo o dinheiro necessário para manter uma empresa em atividade durante um determinado período.

O capital de giro é formado pelo dinheiro em caixa, o valor presente nas contas bancárias e no contas a receber a curto prazo.

Quanto maior for seu capital de giro, maior vai ser o “tempo de segurança” que sua empresa está amparado.

Acredito que já tenha percebido qual é a importância do capital de giro de uma empresa, certo?

Se surge uma pandemia e você é obrigado a fechar a sua loja e não tem nenhuma receita pelos próximos 4 meses, você sabe se conseguirá continuar com o negócio?

Ou se em um mês você só concretizou vendas a prazo, ou seja, você só vai receber esses valores daqui a 3 meses. Como você vai pagar as suas obrigações no mês seguinte sem ter o faturamento de hoje?

É através do pleno conhecimento e gestão do seu capital de giro que você poderá responder essas perguntas, realizar um planejamento mais eficiente e tomar as melhores decisões com o menor risco possível.

Diferença entre capital de giro e empréstimo de capital de giro

Muito se confunde o capital de giro com o empréstimo de capital de giro fornecido por bancos. Nesse caso o banco só é um provedor de um capital de giro para sua empresa, ou seja, ele vai emprestar o dinheiro para você tocar o negócio. E claro, vai cobrar por isso.

Do mesmo jeito que o banco empresta dinheiro para o capital de giro, há outras formas de adquirir esse montante, como:

  • Aporte financeiro de sócios: nessa modalidade o sócio pessoa física “empresta” um dinheiro para a empresa utilizar como capital de giro
  • Venda de bens: venda de bens do imobilizado da empresa para fazer caixa e incluir esse valor no capital de giro
  • Investimento do resultado como capital de giro: o mais recomendado, esse tipo de “empréstimo” de capital de giro é realizado pelo próprio resultado da empresa. Por exemplo, você teve um resultado positivo de R$ 10 mil no trimestre, você toma 70% desse valor, ou seja, R$ 7 mil para deixar como capital de giro da sua empresa. Assim, não tendo que pagar qualquer tipo de juros, inclusive, acontecendo justamente o contrário, rentabilizando juros ativos. Ótimo negócio, não?

Portanto, para ter o investimento do resultado como capital de giro, você deve controlar e deixar sua operação sustentável. Vamos falar mais sobre isso abaixo.

Como gerenciar o capital de giro da empresa

O capital de giro é igual ao corpo de uma pessoa, você pode até não cuidar dele, mas ele está ali. (às vezes, até pedindo socorro) Ninguém quer correr atrás de empréstimos bancários de última hora e pagar juros enormes ou deixar de pagar as suas obrigações, não é mesmo? Então gerenciar o capital de giro é imprescindível para um bom gerenciamento da empresa, assim como, cuidar do próprio corpo.

Encontre o seu ponto de equilíbrio financeiro

Em resumo, o ponto de equilíbrio financeiro representa o quanto você precisa faturar para conseguir pagar todos os custos e as despesas do seu negócio.

Para calcular o ponto de equilíbrio financeiro, você pode utilizar a fórmula:

Ponto de equilíbrio financeiro = Despesas fixas / Margem de contribuição

Vamos usar de exemplo uma loja de roupas, somando todas as despesas fixas (Aluguel, energia elétrica, água, telefone, folha de pagamento entre outros) chegamos no valor de R$ 10.000 e sua margem de contribuição é de 30%.

Bom, agora vamos calcular o ponto de equilíbrio do nosso exemplo:

Ponto de equilíbrio financeiro = R$ 10.000 / 30% Ponto de equilíbrio financeiro = R$ 33.333

Ou seja, a loja de roupas precisa vender mensalmente R$ 33.333 para conseguir pagar todas suas despesas e fechar no “zero-a-zero”.

Tá, mas o que é margem de contribuição?

Em resumo, margem de contribuição nada mais é que a diferença entre o valor de venda de seus produtos e o custo variável dos mesmos. Por exemplo, a loja de roupas vende 200 camisas de R$ 150 cada, totalizando R$ 30.000. O custo dessas camisas vendidas foram de R$ 20.700 e paga-se 1% de comissão ao vendedor a cada camisa, que totalizou R$ 300. Temos:

Venda 30.000

Custo 20.700

Comissão 300

Total 21.000

Venda – Custo 9.000

Sendo assim, a margem de contribuição representou 30% [ (9.000 ÷ 30.000) x 100 ].

Tá, agora entendi o que é margem de contribuição, mas não quero fechar o mês no “zero-a-zero”…

Essa parte é simples, se você espera ter um lucro é só diminuir o percentual desejado da margem de contribuição encontrada. A fórmula ficaria da seguinte maneira:

Ponto de equilíbrio financeiro = Despesas fixas / (Margem de contribuição – % lucro desejado)

Vamos imaginar que além de cobrir os custos da minha loja de roupas eu quero 2% de lucro líquido:

Ponto de equilíbrio financeiro = R$ 10.000 / (30% – 2%) Ponto de equilíbrio financeiro = R$ 10.000 / (28%) Ponto de equilíbrio financeiro = R$ 35.714

Ou seja, para eu cobrir os R$ 10 mil de despesas fixas, pagar meus fornecedores e ainda ter 2% de lucro no final do mês eu preciso vender R$ 35.714.

Tendo isso, é só buscar essa meta.

Tenha um controle financeiro diário

Para chegar no ponto de equilíbrio mais assertivo possível é necessário ter um controle financeiro diário.

Como você vai definir o tamanho das suas despesas, custos e a sua margem de contribuição se não tiver um controle do que entra e sai da sua empresa?

Você até pode fazer um ‘fechamento’ uma vez ao mês, mas isso aumenta a probabilidade de ficar algo para trás e por consequência não ter as informações corretas. Por consequência a chance de realizar uma análise incorreta do capital de giro da sua empresa fica muito maior e mais arriscada.

Para diminuir esse risco realize um controle financeiro diário. Faça os fechamentos dos seus caixas todos os dias para confirmar que toda a entrada das suas receitas estão controladas. Além disso, registre todas as despesas que você tem durante o dia, seja em sistemas de gestão, planilhas ou em ‘caderninhos’, o que importa é que você tenha esses controles de contas a pagar e a receber da melhor maneira possível.

Planejamento financeiro empresarial

Com o ponto de equilíbrio definido e o controle financeiro diário você já está pronto para montar o seu planejamento financeiro empresarial.

A partir dele você vai poder alterar e adaptar o seu capital de giro se for necessário.

Com o objetivo e as formas de como alcançar essas metas estabelecidos você vai poder alinhar o valor do seu capital de giro, que será essencial para atingir o que foi planejado. Se o seu planejamento financeiro é abrir uma filial no próximo ano, por exemplo, o seu capital de giro provavelmente tenha que ser maior.

Empréstimos de capital de giro

Eu sei que nem tudo é um mar de rosas, muitas empresas não conseguem realizar esse controle de capital de giro desde do início do negócio e quando percebem estão sem capital de giro e acabam se apertando para bancar as despesas operacionais.

Para resolver isso existe a possibilidade de empréstimos de capital de giro. Mas como todo empréstimo, é uma faca de dois gumes. Da mesma forma que pode ser a solução para salvar a sua empresa pode ser também a bomba que irá destruir de vez o que você construiu.

Os bancos te emprestam o dinheiro, mas cobram “bem” (até demais) por isso.

Esse empréstimo é uma negociação como todas as outras, então pesquise bem qual instituição oferece as melhores condições. Geralmente, o banco que a empresa já possui conta pode oferecer melhores condições dependendo da relação entre as duas partes, mas isso não é uma ‘lei’.

É fundamental alinhar essa decisão com o seu planejamento financeiro empresarial para se adaptar com esse ‘novo’ valor que entrará na sua empresa e que você consiga pagar essa dívida e não precise mais optar por essa solução outras vezes.

Se você se identificou com a situação acima, tome muito cuidado, se não ajustar sua operação deixando-a lucrativa, vai virar uma “bola de neve” e você pode se complicar ainda mais.

Tem outra situação que é plausível a contratação de capital de giros externos, que é quando você está bem financeiramente e quer ter um capital a mais para investir. Nesse panorama, você é o lado mais forte da negociação, aproveite para barganhar as melhores condições possíveis.

Se essa for sua opção, lembre-se de estudar bem a situação, adequar ao seu planejamento financeiro, para não correr o risco de se endividar e o “tiro acabar saindo pela culatra”.

PASSO A PASSO! – Como ter um capital de giro saudável

Não importa se você precisou fazer um empréstimo para ter um capital de giro ou simplesmente conseguiu tornar o seu negócio auto sustentável e formou o seu capital de giro por conta própria. O essencial é você manter esse valor de forma controlada e tornar a sua empresa saudável financeiramente ao longo do tempo. Portanto, momentos de descontrole podem levá-lo a “estaca zero” e logo você poderá estar correndo atrás de bancos e pagando altas de juros. Por isso é muito importante o controle recorrente de alguns pontos que não o deixarão cair nessa “furada”.

Necessidade de capital de giro

Você aprendeu anteriormente como encontrar o seu ponto de equilíbrio financeiro, ou seja, você já sabe qual é o valor necessário para bancar as suas despesas operacionais.

Porém, muitas vezes um desiquilíbrio entre o prazo médio de pagamento e recebimento pode gerar uma falta de disponibilidade para pagamento.

Tem algumas formas de chegar num valor mínimo de capital de giro necessário, a maioria delas são dependentes de informações contábeis, por exemplo, o balanço patrimonial.

Mas nesse artigo não vamos nos atentar a fórmulas, mas sim, vou te fazer algumas perguntas:

  • Qual a sua necessidade de segurança?

Ou melhor:

  • Se a partir de hoje, você não tiver nenhum tipo de receita no seu negócio, por quanto tempo você queria se manter pagando suas contas sem precisar atrasar ou recorrer a empréstimos?

Vamos usar como exemplo um restaurante que seu custo fixo é de R$ 10 mil por mês. O dono gosta de ter um capital de giro de segurança para 3 meses sem receitas, ou seja, uma capital de giro de R$ 30 mil.

Atualize sempre o planejamento financeiro empresarial

Acima vimos como ter uma segurança no capital de giro, porém, vale a pena prezar pelo bom resultado do seu negócio para ele continuar prosperando, de uma forma que você não venha a se preocupar com o mínimo de capital de giro.

Para isso, além de ter o planejamento financeiro, é necessário atualizá-lo a partir de qualquer mudança.

O mundo dos negócios é muito dinâmico, você sabe disso! E eu sei que por conta da correria do dia a dia o planejamento financeiro acaba sendo deixado de lado e isso é um erro tremendo.

Portanto, se programe a analisar o seu planejamento e atualizar conforme as ocorrem as mudanças. Faça de uma forma simples e que você consiga enxergar de maneira fácil as suas ideias e objetivos e entenda melhor a estratégia da sua empresa e tome as melhores decisões.

Você identificou uma oportunidade de criar uma filial antes do período que estava planejado. Será que você tem capital de giro suficiente? Será que não vai acabar sendo um tiro no pé? Será que com a minha operação hoje, eu consigo bancar as despesas operacionais de mais uma loja?

São perguntas que se não respondidas com o olhar cirúrgico para o seu planejamento financeiro poderá te levar a decisões completamente incorretas.

Deixe sua operação sustentável

Antes de mais nada, deixe a sua operação sustentável, ou seja, faça com que seu próprio giro de vendas consiga pagar os seus custos operacionais.

Ou seja, faça o dever de casa:

Receitas > Custos

Assim, vai sobrar dinheiro, que você poderá, inclusive, investir no seu próprio capital de giro.

Controle seus investimentos

Mesmo que apareça oportunidades de novos investimentos, tenha muito cuidado e controle nesse tipo de decisão. Cuide sempre para não dar o famoso “passo maior que as pernas”.

Deixe a sua empresa sustentável, forme o seu capital de giro, faça e atualize o seu planejamento financeiro empresarial e saiba os momentos certos para dar o próximo passo nos seus negócios.

Nem sempre todos esses processos estarão ‘redondinhos’ na hora de tomar uma decisão, mas se esforce ao máximo para que estejam o melhor possível e que você vá para o caminho certo e torne o seu negócio um sucesso.

Você pode definir um teto para fazer seus investimentos, por exemplo, se você tem uma empresa que está dando um lucro líquido de 5% do faturamento em média, uma medida de segurança seria assumir parcelamentos de investimentos que correspondam até 3,5% do faturamento.

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